Conheça os estádios do evento que já estão prontos há quase um ano e são cheios de detalhes tecnológicos
O primeiro aspecto que chama a atenção na construção das arenas da Olimpíada de Londres deve servir de exemplo para o Brasil. Todos os estádios estão prontos há quase um ano. Mesmo obras que tiveram problemas foram concluídas ainda no ano passado. E na construção houve uma grande preocupação de não repetir erros de outras cidades, como, por exemplo, erguer grandes elefantes brancos, que perdem o uso e acabam abandonados depois das competições. Tanto é que são relativamente poucas as estruturas permanentes. Boa parte das arenas vai ser desmontada depois dos jogos. Ou, como é o caso da arena de pólo aquático, pode ser transportada para uso em outros lugares. Essa arena, inclusive, interessou ao Brasil, que tenta convencer os ingleses a emprestá-la para uso nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro. Seria a primeira vez na história que um ginásio inteiro viajaria de um continente a outro.
Entre as construções permanentes, 3 chamam a atenção. A começar pelo estádio olímpico. Ele vai ser o palco da abertura dos jogos – mas está longe de ser unanimidade. Boa parte dos críticos de arquitetura considera as linhas do estádio tímidas e sem imaginação. Mas, ainda assim, os detalhes tecnológicos chamam a atenção. O estádio foi projetado para abrigar 80 mil espectadores durante a Olimpíada. Mas, depois de encerrados os jogos, essa capacidade poderá ser reduzida para 25 mil lugares – a ideia é justamente evitar que o lugar se transforme no tal elefante branco.
Os 25 mil assentos permanentes formam o anel inferior do estádio e foram construídos usando um concreto que aposta num uso bem menor de carbono. Com isso, o impacto ambiental da construção foi diminuído e a estrutura toda ficou bem mais leve.
Se as linhas do estádio olímpico até certo ponto decepcionaram, o desenho do parque aquático empolgou. Esta é considerada uma das construções mais bonitas e arrojadas. Depois dos jogos, vai ser usada como piscina pública. Detalhe interessante é que essa arena – considerada a mais arrojada dos jogos – foi o único projeto assinado por uma uma mulher, a arquiteta de origem iraquiana Zaha Hadid.
Mas, sem dúvidas, a arena que mais chama a atenção pela tecnologia e pelo desenho é o velódromo. Visto do alto, ele pode ser entendido como uma reprodução das curvas da pista no interior. Ou, há quem veja um banco de bicicleta estilizado.
Ed McCann foi um dos integrantes do time de arquitetos e engenheiros responsáveis pelo conceito e pela construção do velódromo. "O que nós quisemos fazer no velódromo foi realmente conter.Nos conter à forma do ciclismo. E nós fomos ousados, usando a nossa tecnologia, a tecnologia do século 21. Nós literalmente encolhemos o prédio. Encolhemos em volta da pista e das arquibancada. Encolhemos até que a forma exterior se transformasse num reflexo do que há dentro. Daí as curvas do teto de ambos os lados. Isso aconteceu porque nós forçamos a superfície do prédio a se encaixar no formato do interior. Então, ele literalmente se ajusta a essas formas. E nós usamos materiais como madeira de reflorestamento em todo o prédio. Também usamos aço ultraleve, e conseguimos uma construção super leve. É uma construção que se resume à sua função e representa Londres no século 21", explica.Fonte: http://olhardigital.uol.com.br/produtos/central_de_videos/a-tecnologia-por-tras-da-olimpiada-de-londres